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Mês do Diabetes - Junho/2021

Cópia de Neoplasias do Aparelho Digestiv

O dia 26 de junho é considerado o Dia Nacional do Diabetes

Você sabia que, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de países com o maior número de casos de diabetes, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, aproximadamente 6,2% da população do nosso país é acometida pela diabetes.

E esse número tem crescido, muito por causa da má alimentação e da baixa prática de atividade física da população.

Para tirar algumas dúvidas, entrevistamos a Doutora Nathany Raup, médica internista e plantonista do HMRT.

Diabetes tipo  1 e tipo 2

  1. Qual a diferença de diabetes tipo 1 e tipo 2?

A principal diferença entre os dois tipos é a causa da doença. O tipo 1 é uma doença de origem autoimune, onde anticorpos da própria pessoa agridem as células produtoras de insulina, normalmente diagnosticado na infância ou adolescência. No caso do diabetes tipo 2, há uma grande influência genética agravada pela obesidade e o sedentarismo.

   2. É preciso ser exageradamente obeso para desenvolver diabetes?

 Não. Uma pessoa com sobrepeso e hábitos ruins pode desenvolver o diabetes tipo 2.

 

   3. Quais os principais sintomas do diabetes?

Os principais sintomas são: poliúria (urinar toda hora), polidipsia (excessiva sensação de sede), cansaço, perda de peso, fome frequente, visão embaçada, cicatrização lenta, infecções frequentes e mau hálito.

 

   4. Quais os principais sintomas do diabetes na criança? Os pais devem estar atentos a que manifestações? 

Assim como na resposta anterior, aumento da fome, sensação de sede, aumento da vontade de urinar – mesmo durante a noite; visão embaçada. A criança pode perder a vontade de brincar pela indisposição.

 

   5. O diabetes é uma doença hereditária?

Os fatores de risco associados ao diabetes tipo 1 e 2 são diferentes, mas, ter um histórico familiar positivo, predispõe um maior risco do desenvolvimento da doença. Entretanto, o diabetes tipo 1 tem menor relação com história familiar.

   6. Pode aparecer um caso de diabetes numa família que não tinha a história da doença?

Sim, histórico familiar de diabetes é um fator que caracteriza uma maior predisposição ao desenvolvimento da doença, porém, não é um fator determinante.

 

   7. Como deve ser a dieta para diabéticos?

 A dieta é um fator crucial do tratamento e prevenção. Reduzir o consumo de carboidratos e consultar um nutricionista é pilar fundamental do plano de tratamento.

 

   8. Qual a importância da atividade física para os diabéticos?

 A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina nas células do corpo. Isso significa que quando uma pessoa se exercita, é preciso menos insulina para manter os níveis de açúcar no sangue sob controle, favorecendo assim a manutenção e a prevenção da doença.

 

   9. Como evitar as complicações do diabetes?

Adesão ao tratamento medicamentoso, seguir orientações de hábitos de vida do seu médico e nutricionista e acompanhamento médico e nutricional regular.

 

 Diabetes x COVID

  1. Por que as pessoas com diabetes estão no grupo de maior risco de infecção em relação ao COVID-19?

Pessoas com diabetes não têm maior probabilidade de contrair Covid-19 do que a população em geral. O problema que elas enfrentam é, principalmente, a gravidade da doença. Esses pacientes têm apresentam taxas mais altas de complicações graves e morte do que as pessoas sem diabetes. Além disso, quanto mais condições pré-existentes de saúde alguém tem, a exemplo de doenças cardíacas, maior a chance de complicações graves. Se a doença estiver em bom controle, o risco de agravamento diminui. Os casos não controlados são os mais preocupantes no caso de uma pessoa contaminada. Já que o diabetes mal controlado pode favorecer o aumento do processo inflamatório, assim como distúrbios de coagulação e desequilíbrios metabólicos favorecendo a piora do quadro geral do paciente.

   2. Pessoas com diabetes controlado têm menos risco de complicações relacionadas ao corona vírus?

Sim, pessoas com bom controle da doença tem um risco muito menor de complicações

.

   3. O risco de complicações da COVID-19 é maior tanto para quem tem diabetes tipo 1 quanto tipo 2?

O risco é o mesmo nos dois tipos de diabetes se a doença estiver descompensada. Os sintomas são semelhantes aos demais.

   4. Quem é a pessoa com diabetes que deve procurar avaliação hospitalar por suspeita de COVID-19

 A orientação é a mesma em relação a avaliação hospitalar. O paciente diabético assim como os pacientes em geral, positivados para covid 19 devem procurar atendimento hospitalar somente em caso de sintomas de complicação como falta de ar e desconforto respiratório. Em caso de sintomas leves, procurar Unidade Básica de Saúde ou o seu médico assistente. No caso dos pacientes diabéticos, é importante consultar o médico assistente para otimização do controle do diabetes.

   5. Qual medicamento não deve ser usado por pessoas com diabetes, com suspeita ou confirmação de infecção pelo corona vírus?

O tratamento medicamentoso é individualizado para cada fase da doença e cada paciente tem sua restrição específica de acordo com o comprometimento clínico, sendo assim, seu médico deve ser consultado.

Entrevista realizada por:

 Enfermeira Ariane Aparecida Pacher Wolter – CCIH

Hospital e Maternidade Rio do Testo

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